sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Confissões de uma (possível) “alcoólica” anônima



B
ebidas alcoólicas nunca faltaram na casa dela. Tinha a sorte de ter na adega do pai um refúgio com muita diversidade e frequentemente pegava algumas emprestadas, sem que ele percebesse (ou sem achar que ele percebia)...

De uns anos pra cá, bebidas começaram a despertar seu lado consumista. Sempre que tinha oportunidade comprava uma coisa ou outra, só pra fazer volume e montar sua própria adega. Dizia que não bebia, apenas colecionava, então passou a ganhar de presente das viagens dos pais, familiares e amigos.

Certa vez percebeu que todas suas garrafas de whiskeys estavam vazias e pegou a última e recém-aberta da adega do pai, só para botar um pouco na whiskeira que carregava na bolsa pra se divertir a noite. Mas em menos de uma semana estava carregando os últimos goles consigo.

Impaciente, sacou dinheiro do banco e foi para o supermercado só pra comprar uma garrafa. Depois de passar no caixa, surpreendeu-se com uma sensação de alívio. Não era vontade de beber! Mas vá que queira e não tenha em casa!?

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